Este quadro consiste em basicamente mostrar aos leitores quais foram as mixtapes mais bacanas no olhar de Henry (que por sinal sou eu), que passou horas escutando e avaliando cada mixtape que saiu naquele mês [
Antes de mais nada, quero especificar que aquele relógio na foto foi minha vó quem me deu, e, como ela não sabia o tamanho de meu pulso, acabou me dando um bem largo. Portanto, não zombem dele estar assim, ao contrário, beleza? Beleza! Outra coisa importante, quando possível, tentarei colocar capas alternativas feitas por fãs, para dar uma alternativa, caso não curta a capa original. Enfim, vamos ao que importa agora, a música.
Mixtape Nº 1
Travis Scott é para os amantes da G.O.O.D. Music, um conhecido, mas, para a maioria das pessoas, um zé ninguém. Lançou uma mixtape ano passado intitulada "Owl Pharaoh", que não foi muito bem recebida por vários motivos, um deles sendo a que a mixtape era muito irregular, muitos sons diferentes e muita experimentação não bem direcionada. Agora, com essa sua segunda mixtape, Travis vira o jogo, e consegue agradar a maioria dos fãs, trazendo um estilo mais "trap" nas músicas. Inclusive juntou Migos (o trio repetição) e PeeWee Longway (um dos aspirantes do cenário trap) na mesma música, mostrando que ele tem uma certa influência no gênero (juntando também com as features da mixtape anterior, T.I., A$AP Ferg, entre outros). A similaridade que algumas faixas tem com de outros artistas também é notável. Comparemos a primeira faixa "Days Before Rodeo: The Prayer" (no finalzinho da faixa começa) com algumas daquelas distorções do som em Yeezus, bem parecido, né? Agora o começo de "Mamacita" com a música "Nosetalgia", do Pusha T. Exato. Isso se deve principalmente por Travi$ ser também um produtor. Produziu diversas faixas para Kanye West e também 3 faixas para a compilação da G.O.O.D Music. "Days Before Rodeo" é mixtape interessante de se ouvir, principalmente se for comparar o progresso com a anterior. Pelo diferencial no som, é uma tape que vale a pena ser escutada, pelo menos uma vez.
Música que mais gostei: "Backyard"
Música que menos gostei: "BACC"
Mixtape Nº 2
Mais uma mixtape para os amantes de trap e, também para os amantes do bom e velho gangsta. O álbum seria mais ou menos como que um primo de 5º grau do que seria uma junção perfeita entre os dois sub-gêneros. Acho que 5º grau é suficiente pra entender a analogia, entender que não está nem muito longe, nem muito perto de ser seu primo mesmo, que no caso seria "O" álbum trapsta (gangsta + trap = trapsta [?]). Nonsense de lado, voltemos para a mixtape. Algumas coisas interessantes necessitam ser ressaltadas, tais como a produção do próprio Joey Fatts em uma das faixas, e as features, que foram desde Waka Flocka, ao Vince Staples e A$AP Rocky. Só nisso você já percebe que esta não é uma mixtape comum. Outra coisa que reparei é a certa semelhança ao rapper YG. Ambos utilizam basicamente o mesmo estilo, e na capa do último álbum do YG, você sente que tem a mesma pegada dessa mixtape aqui. Como podem perceber, ambas tem essa necessidade de ser em preto e branco, assim como de mostrar o rapper como uma espécie de "gangsta fodão". Pode ser que eu esteja viajando, entretanto... Na minha opinião, essa é com toda certeza uma das mas fortes concorrentes para a melhor mixtape do mês.
Música(s) que mais gostei: "Do Or Die" e "Keep It G Pt. II (Feat. A$AP Rocky)"
Música que menos gostei: "Ended Up (Feat. Mansuy)"
Agora vemos um rapper um pouco mais "lírico", com uma boa variação de ritmos e cheio de referências interessantes em suas letras. Uma dica para quem entende um pouco de inglês é ouvir o álbum enquanto acompanha as letras norapgenius, caso contrário, perderá muito do conteúdo que o rapper oferece. Um ponto negativo que devo destacar é que vez ou outra parece que Jenkins está "se achando" demais. Como na frase "Healing rap, the truth to the matter is, I’m so ahead that I ain’t never had to try to front" da música "Drink More Water". Tudo bem, as letras tem um pouco mais de substância do que muitos por aí, entretanto, não é nada tão surpreendente a ponto de sequer chegar perto de estar "curando" o hip-hop. Uma coisa que eu gosto muito em álbuns num geral é quando o artista se atêm a um tema, e é isso que ocorre em "The Water[s]". Com diversas analogias para a água em si, tais como o próprio conhecimento, Jenkins não só prossegue com o tema até o final da mixtape, como também nomeia algumas faixas de acordo com o mesmo (ex: Dehydration, Shipwreck...). O estilo de Jenkins é meio que uma mistura com o Joey Bada$$ mais tranquilo, e alguns rappers da TDE, tais como Isaiah Rashad. Consigo ver Mick Jenkins em breve conseguindo um contrato com alguma gravadora bem importante, talvez uma Def Jam, ou a própria TDE... De qualquer maneira, "The Water[s]" é uma das melhores tapes do ano. A única coisa que atrapalha o avanço do rapper são os próprios fãs, que andam falando tão bem desse projeto, que a maioria das pessoas acaba não ouvindo, achando que é superestimado demais. Recomendado para quem gosta de letras mais bem elaboradas, assim como um som mais suave.
Música(s) que mais gostei: "Martyrs" e "Jerome feat Joey Bada$$"
Música que menos gostei: "Healer Feat. Jean Deaux"
Você provavelmente nunca ouviu falar de Kembe X, o que não significa absolutamente nada, pois basta parar pra ouvir e tenho certeza que virará um fã. Essa mixtape é na verdade um EPzinho, com 5 faixas, mas que prova que Kembe é um nome a ser guardado. Conforme vai ouvindo, percebe que apesar de ainda ter muito o que melhorar, o rapper poderia muito bem encaixar em uma TDE da vida. Digo isso não apenas pela feature de Ab-Soul no ep, como também pelo próprio estilo das músicas. As letras tem uma mensagem nelas e, em junção com os beats calmos, deixam essa, uma mixtape muito bacana de se ouvir. O nome é meio estranho, admito, mas, com o certo incentivo e com algum tipo de mentor, creio que Kembe em breve será capaz de virar um nome muito conhecido dentre os amantes de hip-hop. Por ter 17 minutos, não há motivos para não se escutar o EP e, dá para ser escutado sem ao menos pular uma música, o que sempre é um ponto positivo.
Música que mais gostei: "Intro (Back In The Day)"
Música que "menos" gostei: "Self Appreciation"
Quando se trata de mixtapes, não se pode negar que Ace Hood é um dos nomes mais citados por aí. Com cerca de 19 projetos lançados até hoje, 15 são mixtapes e, a série "Body Bag", juntamente com "Starvation", estão com toda certeza no top de mixtapes seguidas de maior qualidade e sucesso. Essa é a segunda mixtape de Ace nesse ano, a primera sendo "Starvation 3". Body Bag 3 Conta com 11 faixas, sendo todas versões diferentes de músicas de outros artistas, remixes, por assim dizer, ou Beast Mix, como está intitulado nas músicas. Diversos rappers já fizeram isso e continuam fazendo. Bons exemplo disso são Rick Ross (com remixes de "I Don't Like" de Chief Keef e "Clique" de Kanye West) e Lil Wayne (com remixes de "New Slaves" de Kanye West e "Bugatti" do próprio Ace Hood). E o mais legal é que a mixtape saiu do nada, inesperadamente, o que foi uma surpresa deveras agradável. Ace Hood É um dos poucos rappers que utilizam esse tipo de beat que se preocupam com as letras, fazendo dele, um dos mais fortes concorrentes pros novatos e veteranos do cenário. É por essa e outras mixtapes que ele ainda predomina na minha lista de "Melhores Mixtapeiros" (ou algo assim). Outra forte candidata aqui pra melhor mixtape, apesar de estar mais inclinado pro Joey Fatts devido ao maior "trabalho" com músicas originais.
Música(s) que mais gostei: "Seen It All" e "Hot Nigga"
Música que menos gostei: "Grindn"
Não pensem que esqueci de vocês, coleguinhas chapados, essa mixtape é especial pra vocês! Enquanto vai ouvindo, é quase impossível de achar que ele tem apenas 18 anos, visto que o flow está no ponto, assim como a escolha dos beats, coisas que alguns rappers demoram para aprender, visto que ainda estão definindo seu estilo. Com Lucki isso é diferente, parece que ele já tem o estilo "Hip-Hop Alternativo Psicodélico" muito bem formado em seu caráter. Algo me diz que ouvir esse projeto enquanto está comendo uns cogumelos daria uma boa combinação (que fique claro que não estou fazendo nenhuma apologia, pois não disse nada sobre cogumelos alucinógenos hehe). "Body High" Me lembra um pouco do som dos Underachievers, quando fazem um som mais tranquilo, claro, pois aqueles caras rimam demais. Nas letras nem tanto, pois não me lembro de ter escutado aquelas referências do "terceiro olho" e tudo mais. Dizem por aí que Eck$ tem uma ótima wordplay, mas, pra eu analisar isso apenas escutando, teria de escutar diversas vezes, e, simplesmente não quero gastar tanto tempo com apenas uma mixtape. Ficarei devendo minha opinião sobre esse quesito pra uma próxima vez... Direi apenas que esse projeto ficará em rotação por um tempinho em meu ipod.
Música(s) que mais gostei: "Xan Cage" e "Count On Me 3"
Música que menos gostei: "Crime Pays"
Se pensou que Wiz Khalifa e Snoop Dogg eram os únicos rappers extremamente maconheiros, pense de novo, pois Curren$y é outro dos grandes concorrentes no mundo da marijuana. Tudo aqui é pensado com extrema cautela para te dar um barato maior na hora de rolar aquele seu baseadinho. O som é suave, você não precisa se esforçar pra entender as letras, a voz e o flow são tranquilos, enfim, tudo friamente calculado. O cara simplesmente fuma o tempo todo, é insano... Briza à parte, eu consigo me ver num futuro não tão distante escutando esse projeto bastante (viiiish, rimou). A qualidade é indiscutível. A produção é excelente, as rimas se encaixam muito bem, o flow e a própria voz do rapper, como já disse, também complementam muito bem, fazendo "Saturday Night Car Tunes" um EP bem agradável de se ouvir, apesar de curto (cerca de 25 minutos). Exatamente por isso, prevejo muita gente escutando esse projeto no repeat, sem se cansar após até 4 vezes seguidas. É tão bom assim. Curren$y Também tem uma discografia imensa, logo, se gostar de um projeto, (o que tem muita chance de acontecer) irá ter que baixar o resto, e pode crer que vai demorar um pouquinho... Enfim, temos aqui uma fortíssima candidata a mixtape do mês, apesar de ser um EP (de graça, que seria basicamente uma mixtape, mas beleza).
Música(s) que mais gostei: "Dojo feat Wiz Khalifa", "Music N History" e "Just Might Be"
Música que menos gostei: "Intro"
PS: Realmente gostei de todas as músicas, e apesar de não ter gostado de escolher a "Intro" como a pior, temo que por ser só uma falação de três minutos com um beat, é a minha única opção.
PS2: Outro rapper com cifrão no nome... Viram só o que eu estou falando? Tá por toda parte esse troço.
Após aditar a mixtape algumas vezes, Lil Bibby finalmente lançou o segundo projeto da série "Free Crack", que fez o rapper virar um dos mais influentes no cenário da drill music (trap). Sua importância é mostrada principalmente nas features que conseguiu para Free Crack 2, que são: Jadakiss, T.I., Juicy J, Wiz Khalifa e Kevin Gates. Todos nomes importantes no hip-hop atualmente. Apesar dos 19 anos, Bibby também tem uma voz bem grave, o que dá um tom mais sério aos assuntos que ele rima sobre, deixando sua música mais crível. Junte isso com o fato de ele combinar o trap com o gangsta, e ainda adicionar mais peso as letras, e teremos faixas como "Dead or in Prison", na qual ele fala sobre como poderia estar ou morto ou na prisão, mas escolheu o ramo da música, diferente de seus irmãos, dos quais ele ao menos sabe aonde estão e se estão ou não vivos. Outra coisa que chama atenção é o número de faixas, ao todo são 18. E o impressionante é que com tudo isso, temos apenas 54 minutos de som, coisa que também foi concluída em seu primeiro projeto. Tudo isso garantiu ao rapper um lugar na lista de "Freshman" da XXL, que o deu ainda mais visibilidade. Mais um detalhe que garante Bibby um lugar dentre os melhores rappers do gênero são as skits, que se encaixam no tema e, servem para dar uma transição entre algumas das faixas. Em todas as vezes que ouvi o projeto, não pulei uma música sequer, o que agrega muito ao número de vezes que irei ouvir. "Free Crack 2" Com certeza é também uma minhas mixtapes favoritas do ano.
Música(s) que mais gostei: "Dead or in Prison" e "Tomorrow"
Música que menos gostei: "Hispanic feat Zuse e Rock City"
Bom, é isso, queridinhos do Henry. 8 Mixtapes que eu gostei muito esse mês. Em Setembro teremos mais, talvez com 10 mixtapes, talvez com um pouco menos também, veremos... Espero que tenham gostado.
-Henry
Música(s) que mais gostei: "Do Or Die" e "Keep It G Pt. II (Feat. A$AP Rocky)"
Música que menos gostei: "Ended Up (Feat. Mansuy)"
Mixtape Nº 3
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Agora vemos um rapper um pouco mais "lírico", com uma boa variação de ritmos e cheio de referências interessantes em suas letras. Uma dica para quem entende um pouco de inglês é ouvir o álbum enquanto acompanha as letras no
Música(s) que mais gostei: "Martyrs" e "Jerome feat Joey Bada$$"
Música que menos gostei: "Healer Feat. Jean Deaux"
Mixtape Nº 4
Música que mais gostei: "Intro (Back In The Day)"
Música que "menos" gostei: "Self Appreciation"
Mixtape Nº 5
Quando se trata de mixtapes, não se pode negar que Ace Hood é um dos nomes mais citados por aí. Com cerca de 19 projetos lançados até hoje, 15 são mixtapes e, a série "Body Bag", juntamente com "Starvation", estão com toda certeza no top de mixtapes seguidas de maior qualidade e sucesso. Essa é a segunda mixtape de Ace nesse ano, a primera sendo "Starvation 3". Body Bag 3 Conta com 11 faixas, sendo todas versões diferentes de músicas de outros artistas, remixes, por assim dizer, ou Beast Mix, como está intitulado nas músicas. Diversos rappers já fizeram isso e continuam fazendo. Bons exemplo disso são Rick Ross (com remixes de "I Don't Like" de Chief Keef e "Clique" de Kanye West) e Lil Wayne (com remixes de "New Slaves" de Kanye West e "Bugatti" do próprio Ace Hood). E o mais legal é que a mixtape saiu do nada, inesperadamente, o que foi uma surpresa deveras agradável. Ace Hood É um dos poucos rappers que utilizam esse tipo de beat que se preocupam com as letras, fazendo dele, um dos mais fortes concorrentes pros novatos e veteranos do cenário. É por essa e outras mixtapes que ele ainda predomina na minha lista de "Melhores Mixtapeiros" (ou algo assim). Outra forte candidata aqui pra melhor mixtape, apesar de estar mais inclinado pro Joey Fatts devido ao maior "trabalho" com músicas originais.
Música(s) que mais gostei: "Seen It All" e "Hot Nigga"
Música que menos gostei: "Grindn"
Mixtape Nº 6
Música(s) que mais gostei: "Xan Cage" e "Count On Me 3"
Música que menos gostei: "Crime Pays"
Mixtape Nº 7
Música(s) que mais gostei: "Dojo feat Wiz Khalifa", "Music N History" e "Just Might Be"
Música que menos gostei: "Intro"
PS: Realmente gostei de todas as músicas, e apesar de não ter gostado de escolher a "Intro" como a pior, temo que por ser só uma falação de três minutos com um beat, é a minha única opção.
PS2: Outro rapper com cifrão no nome... Viram só o que eu estou falando? Tá por toda parte esse troço.
Mixtape Nº 8
Após aditar a mixtape algumas vezes, Lil Bibby finalmente lançou o segundo projeto da série "Free Crack", que fez o rapper virar um dos mais influentes no cenário da drill music (trap). Sua importância é mostrada principalmente nas features que conseguiu para Free Crack 2, que são: Jadakiss, T.I., Juicy J, Wiz Khalifa e Kevin Gates. Todos nomes importantes no hip-hop atualmente. Apesar dos 19 anos, Bibby também tem uma voz bem grave, o que dá um tom mais sério aos assuntos que ele rima sobre, deixando sua música mais crível. Junte isso com o fato de ele combinar o trap com o gangsta, e ainda adicionar mais peso as letras, e teremos faixas como "Dead or in Prison", na qual ele fala sobre como poderia estar ou morto ou na prisão, mas escolheu o ramo da música, diferente de seus irmãos, dos quais ele ao menos sabe aonde estão e se estão ou não vivos. Outra coisa que chama atenção é o número de faixas, ao todo são 18. E o impressionante é que com tudo isso, temos apenas 54 minutos de som, coisa que também foi concluída em seu primeiro projeto. Tudo isso garantiu ao rapper um lugar na lista de "Freshman" da XXL, que o deu ainda mais visibilidade. Mais um detalhe que garante Bibby um lugar dentre os melhores rappers do gênero são as skits, que se encaixam no tema e, servem para dar uma transição entre algumas das faixas. Em todas as vezes que ouvi o projeto, não pulei uma música sequer, o que agrega muito ao número de vezes que irei ouvir. "Free Crack 2" Com certeza é também uma minhas mixtapes favoritas do ano.
Música(s) que mais gostei: "Dead or in Prison" e "Tomorrow"
Música que menos gostei: "Hispanic feat Zuse e Rock City"
Bom, é isso, queridinhos do Henry. 8 Mixtapes que eu gostei muito esse mês. Em Setembro teremos mais, talvez com 10 mixtapes, talvez com um pouco menos também, veremos... Espero que tenham gostado.
-Henry
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